terça-feira, 3 de junho de 2014

Todo carnaval tem seu fim.



Eu nunca poderia imaginar que um dia na minha vida eu seria capaz de não ter medo de nada só para encontrar alguém. A verdade é que eu perdi os meus medos com você. 
Hoje eu estou escrevendo como forma de desabafo (isso não é novidade), porque preciso me livrar dessa caixa de lembranças suas. Vivemos tão pouco tempo juntos, porém nada se compara a todas as loucuras que esses poucos momentos trouxeram. Se hoje eu sou viciada no meu celular é pelo simples fato de que passar o dia inteiro conversando com você me trazia paz e segurança. Hoje eu me sinto insegura. Ouvir sua voz quando as palavras escritas se tornavam cansativas e nós queríamos continuar conversando, era como ouvir a música que eu mais gosto. Das nossas brigas eu guardo o quanto você ficava lindo com aquela cara de emburrado e o quanto eu só queria te acalmar e dizer que no final tudo ia ficar bem entre a gente. Eu conto no dedo as vezes que te vi nessa vida, mas não consigo contar as vezes em que adormecemos falando sobre o nosso dia, sobre os nosso planos, sobre o fato de sabermos que tudo não duraria mais que um ano, que tudo tinha prazo de validade. Mas naquele momento, o que era prazo de validade, mesmo? Quando você foi roubado, me procurou pelo Facebook e me fez passar um dia inteiro alternando ligações do celular da sua vó (que você pegou emprestado durante dois dias), e matamos a saudade nos vendo na conferência do Skype. Eu nunca te vi tanto como te vi naquele dia. A distância afetou. Nós começamos a ter outros planos. E quando você voltou, eu já sabia que não era mais a mesma coisa. Mas eu insisti, porque eu ainda sentia muito a sua falta e a vontade de ficar perto de você me matava. Mas aí chegou o carnaval. Mas aí chegou o nosso último beijo. E quem errou foi eu. Pela primeira vez eu assumo um erro, um desleixo, uma vontade desesperada de fazer tudo errado quando tudo podia dar certo. Hoje você passa por mim e eu queria sinceramente dizer que não sinto mais nada. Mas a sua caixinha de lembranças ainda não conseguiu ser destruída. Talvez no final do ano, quando você finalmente vai embora para sempre, e mesmo que eu queira, não vou ter notícias suas. Estou cometendo um outro grande erro. Mas todo carnaval tem seu fim...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A falta que você deveria fazer... e não faz.




Estranho. Começo o texto com essa palavra porque realmente tudo é muito estranho. Eu deveria estar chorando no meu quarto enquanto como brigadeiro e tomo coca-cola ouvindo as músicas que você me dedicava, mas não consigo. É tudo tão estranho! O dia em que você me deixou foi como um balde de água fria. Eu não esperava. Eu achava que tudo estava bem. Engano. Estava tudo bem comigo. Eu me importava somente com o "está tudo bem comigo" e não mais com o "está tudo bem com a gente". Eu achava que todos os meus esforços para te ver, depois daquela semana carregada de compromissos, de todos aqueles trabalhos intermináveis da faculdade, eu achava que você adorava me ver, depois de tudo, mesmo quando eu não estava com aquele vestido que você gosta, eu estava sorridente porque te encontrava. Mas você parou de sorrir naquele momento. E eu não entendia o porquê. Na verdade, no fundo eu até sabia porquê, mas o meu mundo encantado não me permitia fazer isso. E era você o motivo do meu encanto.
Depois de tanto tempo juntos, acho que me acostumei. Não era mais novidade, né? Sushi, churrasco, beira do rio... Não tinha mais graça. Só que hoje não tem graça sem você. Os lugares são apenas lugares e eu preciso descobrir outros.
Demorei para escrever sobre você, sobre o você que eu conheci de verdade. Porque estar apaixonada e estar enfeitiçada são adjetivos idênticos. Eu buscava os defeitos em você, mas não encontrava. Eu buscava motivos pra me livrar de você, mas não encontrava. Eu me encontrava em você e me perdia ao mesmo tempo. Isso me incomodava. Essa dependência. Logo eu, que nunca fui de me importar muito por tanto tempo, acabei me importando por dois anos...
Eu entendo que você se foi. Eu entendo o que você foi. Eu entendo o que você é. Só não entendo essa capacidade que eu tenho de te entender e não me entender. Eu não me entendo. Eu não entendo porque eu ainda sinto sua falta, mas não derramo uma lágrima pela sua ausência. Estou cumprindo com o combinado. Estou vivendo minha vida, afinal, não é todo dia que se tem 22 anos. Não volta mais, ok? Eu tô bem.